A inteligência artificial (IA) tem colaborado diretamente para o desenvolvimento da tecnologia nas mais diversas áreas, uma vez que ela permite o ganho de produtividade e a redução de custos, entre outros benefícios.
Na esfera jurídica, também é possível observar o crescimento de notícias relacionadas à utilização da inteligência artificial, tanto no exercício da advocacia, quanto nos órgãos do sistema de Justiça.
A crescente adoção da tecnologia está se dando por diversos fatores. Entre eles, é possível destacar o aumento exponencial dos dados jurídicos no Brasil, que demandam uma análise rápida e eficiente dos documentos produzidos, especialmente em relação ao contencioso de massa.
Sendo assim, a inteligência artificial é cada vez mais fundamental para que os advogados não sejam apenas mais produtivos, como também, consigam focar em demandas mais importantes e estratégicas.
Aplicações da inteligência artificial no meio jurídico
De acordo com o McKinsey Global Institute, cerca de ¼ do trabalho de um advogado pode ser automatizado por meio da IA.
Muitos dos escritórios de advocacia, inclusive, já usam a tecnologia como uma espécie de assistente virtual, que coleta dados importantes e analisa documentos de forma rápida e eficaz. Com isso, os escritórios têm a possibilidade de reduzir os custos e alavancar o negócio.
Entre suas aplicações, a inteligência artificial permite eliminar trabalhos mecânicos, como o de assistente de pesquisa, além de superar os mecanismos de buscas atuais. Dessa forma, o trabalho desses profissionais se torna menos repetitivo e mais estratégico, diminuindo a necessidade de criação de vários processos.
O Supremo Tribunal Federal também já iniciou o processo de implementação do maior e mais complexo projeto de inteligência artificial no Poder Judiciário. Intitulado de Sistema Victor, ele foi desenvolvido para tomar decisões em casos que se enquadrem em temas de repercussão geral, remetendo-os a instâncias inferiores. Com isso, os funcionários do Tribunal conseguem se dedicar a casos que envolvam maior expertise jurídica.
A inteligência artificial vai substituir o advogado?
Ao mesmo tempo em que traz diversos benefícios, o uso da inteligência artificial causa um receio no que diz respeito à substituição do trabalho humano por máquinas.
Neste sentido, é importante ressaltar que inúmeras atividades do trabalho do advogado podem ser automatizadas por um sistema de IA. E, enquanto a tecnologia pode eliminar cargos que realizam um trabalho mecânico, ela também permitirá que os advogados se concentrem em outras tarefas.
Com a inteligência artificial é possível aumentar a eficiência no processo de pesquisa, na análise de documentos e classificação de dados e na sistematização da revisão de artigos doutrinários.
A ideia, portanto, é delegar para a tecnologia tarefas com teor repetitivo, permitindo aos profissionais mais tempo para realizar atividades com maior valor agregado.
Ainda, a tecnologia abre a demanda para a criação de novos cargos que demandem profissionais com conhecimentos de tecnologia e direito, como os engenheiros legais. Afinal, a inteligência artificial precisa de profissionais que possam desenvolvê-la e acompanhar se os resultados obtidos estão corretos.
Dessa forma, o que se espera do uso da inteligência artificial no meio jurídico é um incremento na produtividade que, consequentemente, vai surtir um impacto positivo na renda dos advogados.
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